sábado, 30 de julho de 2011

Políticas Afirmativas atuando contra a preconceito

Imagem extraída de http://dialogospoliticos.wordpress.com/2010/03/18/cotas-raciais-politicas-afirmativas-e-democracia/
Os preconceitos presentes na sociedade revelam a faceta pouco harmoniosa em que vive o povo brasileiro. As práticas discriminatórias presentes em nosso cotidiano são marcas da desigualdade estrutural e da forma de desvalorização social recriadas quando se tenta legitimar a preterição de pessoas, grupos ou estratos sociais na tentativa de desqualificar suas diferenças, preferências, crenças e singularidades.
O estudo das Políticas Públicas voltadas para o preconceito, além de revelar a pequenez dos gestos e falas que isolam, estigmatizam e excluem alguns grupos, revelam também a trajetória dos movimentos sociais, que revestidos e determinação, buscam superar as barreiras que demarcam fronteiras sociais e impossibilitam as vitórias individuais de alguns.
A discussão do pluralismo cultural presente em nossa sociedade revela um País que consegue ser, ao mesmo tempo, pujante em termos econômicos e pobres em termos sociais, um País estruturalmente desigual. A desigualdade social não se expressa somente na concentração de renda, mas na valorização de uns em detrimento de outros.
A luta contra o preconceito de cor e gênero transforma-se, nos dias atuais, em lutas por ações afirmativas que garantam maior oportunidade de qualidade de vida paras as mulheres, a população negra e todas as minorias.
Geralmente chamamos de ações afirmativas toda a política pública que tem por objetivo promover o acesso e a permanência à educação, ao emprego e aos serviços sociais de membros de grupos estigmatizados e sujeitos ao preconceito e à discriminação. Tais políticas buscam assegurar oportunidade de recrutamento e acesso, através de tratamentos preferenciais ou mesmo do estabelecimento de cotas para membros desse grupo.
No Brasil, as ações afirmativas são comuns no ensino universitário público e têm assumido a forma de reserva de vaga para negros e alunos oriundos das escolas públicas de ensino fundamental e médio.

REFERÊNCIA:
GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo. Preconceito racial: modos, temas e tempos. São Paulo: Cortês, 2008 (Preconceitos, v. 6).

"Não há porque esperar que a nova forma de organização dos atores políticos seja necessariamente mais eficiente para impedir a reprodução das desisgualdades sociais"
(Sandra Azeredo).

Nenhum comentário:

Postar um comentário