quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Marcha das Margaridas - 2011



A Marcha das Margaridas é um evento de grande importância, realizado por um grupo atuante de mulheres em prol do direito das mulheres. No evento deste ano, ocorrido nos dias 16 e 17 de agosto, Carmem Foro, coordenadora do movimento, apresentou uma extensa lista de reivindicações à Presidenta Dilma, com mais de 150 itens, incluindo assuntos como saúde, educação, violência contra a mulher, entre outros.
 

A Marcha das Margaridas se consolidou na luta contra a fome, a pobreza e a violência sexista. A agenda política de 2011 teve como lema desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade, como o tema 2011 Razões para Marchar.  Assim pensam também as milhares de mulheres trabalhadoras no COMÉRCIO e SERVIÇOS, unidas através da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio - CNTC.

Por conta disso é que nos engajamos nesta luta com o lema “DIGNIDADE E CIDADANIA PARA AS MULHERES DO CAMPO E DA CIDADE. Por ser a maneira mais adequada, que nós “COMERCIÁRIAS” encontramos para nos juntarmos às milhares de Margaridas que se fizeram presente, em Brasília, lugar em que todas as raças se misturam.

Neste evento encontramos Margaridas vindas de todos os cantos do nosso imenso país. Eram cerca de 70 mil mulheres com uma pauta de reivindicações  definida para ser entregue à Presidenta Dilma.

Após uma longa, colorida e vibrante marcha até o planalto central, que ocorreu no dia 17 de agosto, as mulheres tomaram as principais áreas do centro do poder, com palavras de ordem que se repetiam a cada instante: “Veja Brasília está florida, estão chegando as decididas, veja Brasília está florida é o querer das margaridas”.

E o que é que nós todas queremos: desenvolvimento sustentável com justiça,  autonomia, igualdade e liberdade; melhores condições de trabalho e participação política, entre outras reivindicações.

A Marcha das Margaridas já ocorreu em outras três edições, nos anos de 2000, 2003 e 2007 e agora 2011, contando com diversas conquistas em sua trajetória, rememorando mulheres que morreram na defesa de seus direitos. Entre elas, Margarida Alves; durante 12 anos ela presidiu o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Alagoa Grande, Estado da Paraíba, sendo brutamente assassinada pelos usineiros.

Ficamos orgulhosas de participarmos pela primeira vez desta Marcha e por nos somarmos a esta trajetória de lutas, com a expectativa de mais resultados positivos para todas as brasileiras, quer seja do campo ou da cidade.

A COORDENADORIA DA MULHER DA  CNTC deve se espelhar nessas  mulheres do campo, que não temem buscar seus direitos com garra e determinação. Temos muito que aprender com elas, pois, temos a mesma vontade de buscar através de nosso trabalho a equidade de gênero e todas as reivindicações necessárias para transformar a vida das mulheres. Construiremos nossa luta dialogando com a quem quer que seja e mesmo sabendo que não será fácil temos que começar já, pois a HORA É AGORA!

Referência:







“Foi pelo trabalho que a mulher transpôs, em grande parte, a distância que a separava do macho; e só o trabalho pode garantir-lhe uma liberdade concreta.” 

(SIMONE DE BEAUVOIR).